domingo, 12 de junho de 2016

Cadê o nosso emprego?

As estatísticas recentes de desemprego no país vêm demonstrando o tamanho da lambança que o governo federal patrocinou com a má gestão da coisa pública. A insistência dos formuladores de política econômica em lançar medidas populistas que afetam os fundamentos da economia causaram danos quase que irreparáveis para nossa sociedade.

Segundo dados do IBGE, o Brasil encerrou o primeiro trimestre do ano com 11 milhões de desempregados. Um recorde que ninguém gostaria de atingir. E o pior é que o governo Dilma insistia (e acredito que insista ainda) em dizer que existe uma crise econômica mundial. A crise é brasileira. E a culpa é única e exclusiva do próprio governo que, com sua trupe, promoveu um verdadeiro “trem da alegria” com as instituições federais e, principalmente, com o dinheiro público.

No primeiro trimestre de 2013 o país tinha 7,7 milhões de desempregados e agora são 11 milhões e a expectativa é de que este contingente de desempregados tenda a crescer nos próximos anos. Isso mesmo, o governo Temer não é a salvação da pátria como eles vêm pregando. O discurso é de preocupação, mas até agora nada de concreto foi iniciado.

Desde janeiro de 2013 até os dias atuais 1,1 milhão de brasileiros perderam seus empregos e não conseguiram outro. Da mesma forma, muitos jovens entraram em idade economicamente ativa e começaram a buscar uma vaga. Sem falar nas pessoas que não estavam procurando emprego e agora estão. Com efeito, temos a quantidade estimada em 11 milhões de desempregados.

Como nosso país tem dimensões continentais esse desemprego não ocorre linearmente nos estados e municípios do país, dada a dinâmica de cada região. No período de janeiro de 2013 até abril deste ano o estado do Paraná teve saldo positivo na geração de emprego, foram 30 mil paranaenses que conseguiram um novo emprego. Não foi tão ruim, mas da mesma forma isso não ocorre linearmente entre os 399 municípios do estado. Em Apucarana 1.823 pessoas perderam seus empregos neste período e não conseguiram outro e em Arapongas o desemprego também aumentou 2.268 postos de trabalho.

Se considerarmos o volume de jovens que começam a procurar o seu primeiro emprego e as pessoas que começam a demandar ocupação para auxiliar na renda da família podemos afirmar, sem medo de errar, que o desemprego em nossa região está elevado. Não são somente 1,8 mil e 2,2 mil desempregados em Apucarana e Arapongas, respectivamente. O volume de desempregados é muito maior.

Temos que ter a compreensão que não é somente o governo federal que tem que se preocupar com o bem estar da população com relação ao emprego e geração de renda: governadores e prefeitos também devem ter essa preocupação. Entretanto não vejo ações positivas neste sentido por parte destes agentes políticos. As secretarias estadual e municipais que são afetas à geração de emprego e renda são “vazias” de propostas e ações. É como se não existissem.

Em 2016 teremos eleições municipais. É o momento de começar a por na pauta de discussões com os candidatos propostas e ações para geração de emprego e renda. Mas de forma efetiva e não somente de forma coloquial. Não podemos mais nos encantar com o “canto da sereia”. Os agentes políticos devem se comprometer mais e não ficar somente no discurso.

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