Em
momentos de campanhas eleitorais a população tem que tomar muito cuidado com as
promessas e com os compromissos que os candidatos insistem em selar com os
eleitores. Independente do cargo a que concorrem muitos políticos ficam
jactando que eles são a “salvação da lavoura”.
Agora
nos surpreendemos com o debate na campanha presidencial onde um candidato diz
que estamos em recessão técnica, pois o país não tem crescimento do PIB por
dois trimestres consecutivos e a candidata fala que não estamos em recessão. O
mercado financeiro e o FMI dizem que a economia vai crescer somente 0,3% este
ano. Um candidato usa isto como crítica e a outra diz que vamos crescer bem
mais que isto.
A
inflação está no teto da meta e há otimistas que dizem que é impossível
reduzi-la sem aumentar o desemprego.
E
por falar em desemprego ele não está aumentando, mas a geração de emprego está
muito fraca. Para se ter uma ideia, em setembro tivemos o pior desempenho para
o mês desde o ano de 2001. Se não bastasse isto a geração de emprego nos meses
de junho, julho e agosto foi vergonhosa, ficando bem longe do desempenho dos
anos anteriores. Sinal de que a copa do mundo de futebol trouxe benesses
somente para a FIFA e para a Alemanha.
A
verdade é uma só: a inflação está subindo, a economia não está crescendo e a
geração de emprego está arrefecendo.
Não
é possível acreditar que a economia brasileira está tendo um bom desempenho.
Também não é possível acreditar que tudo de ruim que está acontecendo é causado
por uma “crise internacional”.
Pura
bobagem. Não tem crise econômica internacional e a economia brasileira está
“inspirando cuidados”, sim. Não dá para continuar com essa política econômica
míope e medíocre.
Também
temos que ter a clareza que não teremos “salvadores da pátria”. Independente de
quem ganhar a corrida presidencial, a responsabilidade de colocar a economia
sob controle, estabilizando o nível geral de preços e fazendo a economia
crescer com a garantia de geração de emprego e renda não será tarefa fácil.
Também não se resolverá no curtíssimo prazo.
Não
teremos Sassá’s Mutema’s. Os dois próximos anos deverão ser de ajustes fortes.
Poderemos ter mais inflação se as medidas corretas de política econômica não
forem tomadas. E dependendo das medidas tomadas, poderemos ter mais desemprego.
Não
tem fórmula mágica. Juca Pirama já falou. Não tem como Severo esconder seu
flerte com Marlene.
Só
espero que não seja tarde demais para que as decisões corretas possam ser
tomadas. É difícil um país “quebrar”. Mas é possível penalizar a maioria da
população por medidas inconsequentes na economia.
Temos que nos preocupar com o futuro próximo, não com o passado, pois como disse Keynes: “a longo prazo estaremos todos mortos”.
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