Achar que são executivos e
tentar fazer obras e definir nomeações isso todos já sabemos que eles tentam e
às vezes conseguem fazer. Tudo bem, parece que a população nem liga mais para
essas coisas. Mas deveriam. Deveriam “ligar para poder desligar”. Em outras
palavras, a população deveria cobrar dos legislativos para que eles desempenhem
suas funções típicas de legislar e de fiscalizar.
As matérias legislativas
estão impregnadas de indicações, moções e requerimentos. Podemos até tentar
sermos tolerantes e pacientes, entendendo a necessidade quase íntima dos
legisladores de utilizarem estes dispositivos. Tudo bem, mas que legislem,
também. Legislar significa formular, estabelecer leis, regras e princípios, é a
principal ferramenta do legislador, assim como a trolha é para o pedreiro.
Um exemplo que pode ser
utilizado como amostra do exposto: a Câmara de Vereadores de Apucarana apreciou
neste ano, até o momento, 1.183 matérias legislativas, sendo que somente 256
podem ser consideradas como sendo pertencentes à função típica de legislar, as
outras 927 matérias não são funções típicas, o que não significa que não possam
fazer. O escopo da análise está no significado da atribuição de legislar e, com
base nisto, a atividade de legislar ficou restrita a 21,6% de tudo o que foi
apreciado pela casa legislativa.
Não bastasse essa
produtividade baixa temos que dos quatro projetos de emenda à lei orgânica uma
é de iniciativa popular, dos 152 projetos de lei 112 são de iniciativa do
Executivo e dos cinco projetos de lei complementar três são do Executivo. Com
isto a produtividade na função legislativa cai para 11,8% somente. Muito pouco,
pois a população brasileira precisa de muito mais do legislativo.
Não obstante, diversas
reformas importantes para a sociedade brasileira estão há muito tempo sendo
proteladas e o legislativo nacional parece não querer encaminhá-las. Precisamos
das reformas tributária e da previdência, de uma reforma política efetiva, da produção
de leis penais mais rígidas e da reforma do judiciário, só para citar algumas
necessidades urgentes de nossa sociedade.
Temos que atuar como um
micro-ondas, sempre requentando esses temas para provocar o debate. Deste jeito,
requentando, não existirá nada pra descongelar e os verdadeiros assuntos
relevantes sempre ficarão em voga.
Devemos continuar cobrando dos legislativos constituídos para que tenham maturidade, sabedoria, coragem e responsabilidade. Desta forma, quem sabe, eles comecem a atuar e executar aquilo que realmente a sociedade necessita e não somente o que eles, nos seus restritos conceitos e entendimentos, acham que é o certo. Todos nós temos que agir como um micro-ondas. Vamos cobrar, cobrar e cobrar nossos legisladores. E eles não podem chiar.
Devemos continuar cobrando dos legislativos constituídos para que tenham maturidade, sabedoria, coragem e responsabilidade. Desta forma, quem sabe, eles comecem a atuar e executar aquilo que realmente a sociedade necessita e não somente o que eles, nos seus restritos conceitos e entendimentos, acham que é o certo. Todos nós temos que agir como um micro-ondas. Vamos cobrar, cobrar e cobrar nossos legisladores. E eles não podem chiar.
Uma proposta! Na próxima eleição vamos trocar todos os vereadores! Se está ruim assim, troquemos, ora! Quem elegeu os nobres edis fomos nós, se nos envergonham... fora!
ResponderExcluir