domingo, 25 de março de 2018

Luz no fim do túnel


A economia brasileira está melhorando. Pelo menos é isto o que os indicadores estão apontando. Não que possamos sair comemorando, pois ainda há muito a se recuperar do desastre proporcionado pelos governos Lula e Dilma, mas já podemos dizer que estamos vendo a luz no fim do túnel. Os eventos recentes apontam para uma melhora significativa e as poucas e recentes reformas implementadas pelo governo federal já deram conta de colocar um certo ânimo nos agentes econômicos internos e externos.

Mas ainda há muito por se fazer: não podemos esquecer da necessidade de se equilibrar as contas públicas, de efetuar ações para aumentar o crescimento do PIB, de incentivos para o aumento do nível de emprego e do surgimento de políticas públicas que promovam uma distribuição de renda em nossa sociedade.

A condução da política econômica brasileira está ocorrendo de forma responsável e os resultados positivos já começaram a aparecer. Porém, ainda é pouco diante do que precisamos recuperar. Agora as expectativas se voltam para as eleições presidenciais onde os candidatos que despontam na disputa demonstram as ideologias e ideias que seguirão e do que serão capazes de realizarem na área econômica. E isto que assusta, pois os candidatos que despontam nas pesquisas de intenção de votos com possibilidade de irem para o segundo turno e os que podem, segundo essas pesquisas, vencer a eleição, não possuem propostas coerentes e factíveis para a área econômica.

O atual governo conseguiu reduzir a inflação e o crescimento da economia se reverteu para valores positivos, sem falar na freada na escalada do desemprego e na sensível melhora nos resultados do saldo da balança comercial e na corrente de comércio. Mas o governo Temer não conseguirá maiores avanços, pois este governo já acabou.

Algumas ações serão realizadas, porém os efeitos reais na economia serão cosméticos, uma vez que os brasileiros irão voltar suas atenções para a copa do mundo e para as eleições. Mais uma vez o país será entorpecido pelo “pão e circo” e poderemos ter um desastre para a economia como resultado das eleições presidenciais.

A decisão recente de redução na taxa básica de juros da economia foi importante, mas ainda é considerada alta. Estamos com uma taxa de 6,5%, enquanto nossos vizinhos próximos apresentam taxas inferiores: Colômbia com 4,5%, Peru com 3% e Chile com 2,5%, para citar países com economias mais sólidas. E no resto do mundo, nos países que possuem governos democráticos e economias bem administradas, não há taxa de juros tão elevadas como a nossa.

Com efeito, ainda é possível que este governo entregue o país em condições melhores que recebeu, basta agir com responsabilidade na condução da política econômica. Contudo a indicação de que Temer possa disputar as eleições preocupa, pois poderá mudar o foco da atual política econômica e aumentar os gastos com a intenção de ser mais palatável para o eleitorado. Isto seria uma irresponsabilidade. Temer não venceria e não vencerá as eleições, portanto não deveria disputá-la. Deveria se limitar a concluir seu mandato com responsabilidade.

Há muito espaço e necessidade de redução da taxa básica de juros: a inflação está em queda e nossa economia precisa crescer. Não estão fazendo nada de extraordinário, somente aquilo que é necessário. Com a redução dos juros o investimento privado e o consumo das famílias tendem a aumentar, aumentando o PIB e aumentando o emprego. A fórmula é simples. Bastar ter disposição e coragem para fazer.

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