quarta-feira, 16 de maio de 2018

Uma breve análise

A semana está agitada com os resultados econômicos que estão sendo divulgados. A produção chinesa subiu acima do previsto no mês de abril, porém o consumo interno começa a demonstrar que está perdendo o vigor: as vendas no varejo cresceram 9,4% em abril ficando abaixo do desempenho de março, que foi de 10,1%. Esses indicadores indicam que a economia chinesa está começando a perder sua força.

Já, no Brasil, o setor de serviços teve um desempenho negativo no mês de março apresentando um desempenho de -0,2%. No acumulado dos últimos 12 meses (de abril de 2017 a março de 2018) o setor de serviços acumulou um resultado de -2,0%.

A prévia do PIB brasileiro para o mês de março apresentou uma redução de 0,74% em comparação com o mês anterior, segundo o IBC-BR divulgado pelo Banco Central do Brasil (BACEN). O primeiro trimestre de 2018, na comparação com o último trimestre de 2017, apresenta uma previsão de redução de 0,13%. Os dados oficiais sobre o desempenho do PIB no primeiro trimestre serão divulgados no dia 30 de maio.

Contrastando com isto o Banco Central Americano (FED) divulgou o resultado da produção industrial dos Estados Unidos: crescimento de 0,7% no mês de abril, acumulando um crescimento de 3,5% no acumulado de 12 meses. Junto com este dado foi divulgado que a utilização da capacidade instalada da indústria americana ficou em 78% em março, segundo maior índice dos últimos 12 meses.

A economia japonesa apresentou um retração no PIB no primeiro trimestre de 2018 de 0,2% após dois anos de crescimento. A esperança das autoridades econômicas japonesas é de que o economia se recupere a partir do segundo trimestre puxado pela economia global e pelo aumento das exportações de produtos manufaturados.

O atual momento da conjuntura econômica internacional está agitando o mercado financeiro e a decisão do Copom acerca da taxa de juros básica da economia, a Selic, poderá provocar um aumento na cotação da moeda americana que, juntamente com o aumento do consumo, ajudará a pressionar os preços para cima, aumentando a previsão de inflação para o ano de 2018.

Portanto o que os brasileiros podem esperar é um pouco mais de inflação com menos crescimento econômico e mais desemprego. Vamos aguardar as decisões de política econômica que o governo irá implementar para tentar amenizar este cenário adverso para os brasileiros.

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