A nova equipe de ministro da
Presidente Dilma Rousseff apresenta uma marca muito forte de coalização
política. Muitos ministérios foram oferecidos a representantes de partidos
políticos em troca de apoio político na Câmara dos Deputados e no Senado
Federal. Esse ato já demonstra uma tentativa de interferência entre os poderes
da República e pode deixar toda a sociedade refém da vontade de uma minoria que
detém o poder e que busca uma discutível hegemonia na sociedade.
Se não bastasse isto para
ficarmos “com o pé atrás” com o novo ministério temos dois ingrediente a mais
nesta solução que deve nos deixar ainda mais preocupados.
O primeiro diz respeito à
sua qualificação, ou seja, se o novo ministério é técnico ou político. Embora
boa parte deles possuam boa formação acadêmica podemos identificar que a
maioria não possui experiência comprovada nas áreas que estão assumindo.
Tivemos ministros que declararam que não entendem nada da pasta que irão atuar.
Isto é, no mínimo, temerário. A escolha da nova equipe ministerial passou quase
que exclusivamente por critérios políticos com o objetivo de “lotear” o governo
federal em busca da dita coalização.
Poucos nomeados possuem
experiência ou podemos identifica-los como sendo detentores de capacidade
técnica suficiente para dar tranquilidade para a sociedade. Exemplo disto são
os nomeados para a equipe econômica: Ministério da Fazenda, Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão e Presidência do Banco Central. Nestes casos
os nomeados são pessoas com currículo acadêmico e profissional de alto nível e
que possuem plenas condições para conduzir de forma adequada todas as ações de
suas pastas.
Outras áreas como
Advocacia-Geral da União, Controladoria-Geral da União e Ministério das
Relações Exteriores, pela sua especificidade, também possuem nomeações
técnicas.
Com isto podemos considerar
que a nova equipe de ministros do governo de Dilma Rousseff é essencialmente
política, uma vez que a maioria dos nomeados não possuem qualificação acadêmica
e técnica e experiência nas respectivas áreas. Outros fatores preocupantes são
a falta de experiência em funções de gestão dos nomeados e o critério de
preenchimento dos cargos de segundo escalão nos ministérios, empresas estatais
e autarquias do governo federal. Neste último caso parece que manterão a
estratégia de coalisão, “leiloando” estes cargos em troca de apoio político.
O segundo ingrediente, e não
menos importante, diz respeito à autonomia que será dada (ou não) pela Presidente
para os novos Ministros. O Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, já levou
uma “invertida” neste sentido.
Tudo isso sem falar nas
divergências ideológicas e conflitos de interesses entre os grupos que “lotearam”
os ministérios. Exemplo disto identificou-se nos pronunciamentos da Ministra da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, e do Ministro do
Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, que andaram se alfinetando
publicamente.
A composição de baixa
qualificação e experiência técnica do novo ministério preocupa e deve ser
acompanhado por toda a sociedade a fim de cobrar a execução de políticas
públicas que levem ao desenvolvimento social e econômico de nosso país.
Resta lembrar que o
ano de 2015 é importante para que os ajustes econômicos, sociais e políticos
possam ser feitos para que a retomada do crescimento possa ocorrer à partir de
2016. Se o desempenho for ruim em 2015 perderemos 2016, também.
A Dilma está com sérios problemas para indicar ministros, pois vários companheiros estão em regime semi-aberto ou aberto, o que não permite fazer reuniões após as 19h. Tem um foragido na Itália e outros tantos na lista da Lava Ajato!!! Só sobrou isso que foi nomeado.
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