Passados os dias de festas e confraternizações sociais
é hora de retomar a vida cotidiana. Porém não podemos nos desligar da realidade
que cerca cada brasileiro e, muito menos, nos esquecer do processo eleitoral
que se avizinha. A largada para a corrida eleitoral de 2018 já foi feita e os
pré-candidatos aos cargos eletivos deste pleito buscam se posicionar da melhor
maneira possível para conseguir convencer o eleitorado de suas qualidades.
Como sempre, muitas pessoas menos esclarecidas irão
ser convencidas que alguns desses pré-candidatos são bons e votarão neles.
Teremos a repetição de um fluxo circular de manutenção de um “status quo” existente
há décadas: os mesmos políticos e as mesmas famílias se perpetuando no poder,
sempre com a promessa de melhorar a vida da população. E o que melhorou por
conta da ação direta ou indireta destes? Sem medo de errar podemos afirmar que
muito pouco.
Os debates sempre ficam restritos a questões
individuais e pouco se fala das grandes políticas, aquelas que realmente podem
melhorar a vida dos brasileiros. O que precisamos para melhorar a vida da
população? Mais emprego e melhores remunerações seria um bom começo. E o que
fizeram para isto? Quais as medidas que tomaram?
Também precisamos de mais acesso à saúde de qualidade.
Mas o que foi feito para isto? Acabaram as filas para as consultas
especializadas? Os procedimentos necessários de média e alta complexidade estão
acessíveis no tempo necessário para todos os que necessitam deles? O que os
nossos políticos fizeram para melhorar isto?
Outra necessidade da população é o acesso a uma
educação pública de qualidade. Todos estão satisfeitos com o que temos? Todas
as crianças estão tendo acesso? Nossas crianças estão sendo adequadamente
alfabetizadas e tendo o seu desenvolvimento escolar dentro dos parâmetros
internacionais e seguindo as expectativas dos pais?
Mais importante ainda, quais as políticas que estão
sendo discutidas, elaboradas e implementadas para manter nossas crianças na
escola, evitando a evasão e garantindo o acesso aos outros níveis de
escolaridade, até o superior, com a qualidade e a gratuidade que se encontra
estampada na Constituição Federal?
Sem avançar em outros temas, pois emprego e renda,
saúde e educação irão “pipocar” nos discursos dos candidatos do pleito de 2018,
podemos refletir sobre o que queremos nestas áreas e cobrar os atuais
detentores de cargos eletivos sobre o que fizeram para melhorar isto. Da mesma forma, devemos questionar os futuros candidatos sobre o que eles pretendem fazer
sobre isto. Mas tudo no plano concreto, não somente em discursos, pois de
saliva no vento a população já está cheia. De promessas no papel, também. Temos
que começar a cobrar ações efetivas, coisas que possam ser mensuradas, que
possam ser sentidas por todos.
Se não fizermos desta forma nada mudará e os nossos
políticos continuarão se perpetuando no poder sem nenhuma contribuição efetiva
para os que necessitam e que os elegem.
Viramos a folhinha, nos confraternizamos com muitas
pessoas, desejamos felicidades e tudo de bom nas redes sociais e em aplicativos
de mensagens, estouramos champanhe, comemos muito churrasco, mas no dia
seguinte será mais um dia igual aos outros. Será vida que segue. É isto que
queremos para nosso país, para nosso estado e para nossa cidade? O que estamos
fazendo para mudar esta realidade? Somente votando em quem faz as melhores e
maiores promessas? Será muita ingenuidade manter esta condição. Se continuarmos
agindo assim será a mesma vida que seguirá e nada mudará.
0 comentários:
Postar um comentário