domingo, 9 de julho de 2017

Qual será a mágica?

O assunto acerca dos preços dos combustíveis em Apucarana continua “fervendo” nas redes sociais e nas rodas de conversas pelo município. Tem muitas pessoas pregando o boicote. Mas como boicotar algo que dependemos tanto? Sem abastecer os veículos não trabalhamos, não estudamos, não passeamos, dentre outras coisas que teremos que deixar de fazer. E a zona de conforto dos postos de combustíveis parece ter se ampliado, pois os preços dos combustíveis em Apucarana continuam sendo dos mais caros do estado.

Há cerca de quinze dias os preços médios estavam maiores e chegaram a reduzir um pouco para esta semana. Só que os preços médios no estado do Paraná reduziram mais que os daqui. Com efeito temos que, em Apucarana, o preço médio do etanol que era o terceiro mais caro do estado, segundo pesquisa da ANP, agora é o mais caro. Já o preço médio da gasolina continua sendo o segundo mais caro do estado, segundo a mesma pesquisa.

Se fizermos uma comparação com os preços praticados no começo de 2017 temos que o preço médio praticado para a gasolina no município era o 14º mais caro e do etanol era o 18º mais caro, num universo pesquisado de trinta municípios.

Realmente esses movimentos de preços precisam ser esclarecidos e os consumidores merecem uma explicação. Afinal de contas os cidadãos apucaranenses querem e merecem ter o conforto de abastecerem seus veículos em seu município para que os recursos financeiros girem em nossa economia, contribuindo para a geração de empregos e também de riqueza, através dos lucros dos empresários.

Numa abordagem anterior foi indicado que uma possível solução seria uma atitude coletiva de pedir descontos ou escolher os estabelecimentos que possuam os menores preços, mas mesmo com isto os preços médios da gasolina possuem um dos menores desvio-padrão do estado. O desvio-padrão dos preços nada mais é do que a dispersão em torno da média. Em outras palavras o desvio-padrão de uma média indica que os preços variam para baixo e para cima naquela proporção.

Um desvio-padrão baixo significa que os preços observados estão muito próximos e, com isto, a concorrência é baixa ou mesmo inexistente.

Numa viagem até a capital, neste período, pode-se constatar que dificilmente se encontram preços superiores a R$ 3,45 para a gasolina e de R$ 2,49 para o etanol, nos postos localizados no caminho. Chegando perto de Curitiba pode-se encontrar a gasolina a R$ 3,09 e o etanol a R$ 2,29 o litro, enquanto os preços médios da semana, em Apucarana, estavam em R$ 3,713 para a gasolina e R$ 2,739 para o etanol. É muita diferença de preços e nenhum pão de queijo ou lavagem de carro como brinde compensa tal diferença. Os menores preços da pesquisa são de R$ 2,97 para a gasolina e de R$ 2,18 para o etanol.

Numa comparação simples podemos tomar por exemplo um abastecimento de um veículo com tanque de combustível com capacidade de 50 litros. A economia que o consumidor teria ao abastecer pelos preços mais baixos do estado em relação aos preços médios praticados no município é de 20,0% para a gasolina e de 20,4% no caso de etanol. Uma economia considerável.

E estamos somente avaliando os preços da gasolina e do etanol. Sem considerar que o preço médio do diesel no município também é o mais caro do estado, o que leva os caminhoneiros daqui a abastecerem seus caminhões em outras praças.

Decididamente as autoridades constituídas do município devem começar a se preocupar e investigar as causas de os combustíveis daqui serem os mais caros do estado. E vejam que não é preciso ir muito longe para encontrar combustíveis bem mais baratos. Os municípios limítrofes apresentam preços bem inferiores. Resta saber qual é a mágica que os postos de outras cidades conseguem fazer para que seus preços sejam tão mais baratos do que os nossos. Com a palavra as nossas autoridades.


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