Por
inúmeras vezes já opinamos que antes de fazer a reforma da Previdência o
governo federal deveria rediscutir o pacto federativo e a partilha de recursos
entre os poderes. Não se trata de uma negação completa da necessidade da
reforma da Previdência. O país precisa equilibrar as contas públicas, mas a estão
colocando como sendo fundamental para isto e que sem ela não será possível evitar
um colapso financeiro no país.
A
reforma da Previdência deve ser feita, porém deve ser debatida com a sociedade.
Também deve ser feito o devido esclarecimento sobre quais são os gastos com
Previdência e quais são os gastos com assistência social. No modelo atual de
Previdência é quase certo que ocorrerão déficits. Só que se está atribuindo
toda a responsabilidade pelo déficit no setor público à Previdência e não estão
se preocupando em avaliar o perfil dos gastos públicos, a qualidade destes
gastos, as mordomias e ostentações de diversos segmentos do setor público,
entre outras aberrações que encontramos na administração pública brasileira.
A
proposta de reforma da Previdência é um verdadeiro massacre social sobre os
trabalhadores, onde criam uma idade mínima para aposentadoria elevada e até se
aventa a possibilidade de aposentadoria com valores inferiores ao salário
mínimo. Isto é uma vergonha. Quem está participando da decisão não é
assalariado e não irá depender de aposentadoria da Previdência Social. São
pessoas com mandato político ou função pública, pagas a “peso de ouro” e que
não irão ser impactados pelas mudanças propostas.
Por
isto, deve-se criar uma proposta que tenha como mantra discutir, antes da
reforma da Previdência, o pacto federativo e a distribuição de recursos entre
os poderes. O pacto federativo ou federalismo fiscal nada mais é do que o
mecanismo constitucional que define competências tributárias dos entes da
Federação, as responsabilidades a eles inerentes além do estabelecimento da forma
de partilha da receita dos tributos arrecadados entre os entes federados.
E deve-se
discutir, também, a distribuição de recursos entre os poderes porque os poderes
legislativo e judiciário, juntamente com o Ministério Público, recebem uma
parcela considerável do bolo arrecadado prejudicando a execução das políticas
públicas por parte do poder executivo.
Para
ilustrar esta situação consideremos o vídeo elaborado pelo site de notícias Spotniks
que viralizou nas redes sociais e nos aplicativos de mensagem instantânea.
Neste vídeo é indicado que os gastos com as câmaras de vereadores no Brasil
ultrapassou a cifra de R$ 14,6 bilhões no ano de 2017. Uma verdadeira fortuna
que, se melhor aplicada, poderia financiar muitas políticas públicas para
melhorar a vida dos brasileiros ao invés de “bancar” estruturas, muitas vezes
luxuosas, de câmaras de vereadores pelo Brasil afora.
Este
valor é somente o gasto com as câmaras de vereadores, agora imaginem se
somarmos os gastos com as assembleias legislativas, Poder Judiciário,
Ministério Público e tribunais de contas.
A
discussão da redução dos gastos públicos com a manutenção da máquina e mesmo
com salários e mordomias de nossos agentes políticos ninguém quer discutir,
afinal de contas é mais fácil apertar cada vez mais o trabalhador assalariado e
os empresários que mantém este Brasil “de pé” do que “mexer” com os interesses
de nossos políticos.
Isto sempre foi assim
e continuará sendo se a sociedade não começar a cobrar um papel mais efetivo,
de protagonista, nas decisões nevrálgicas para nosso país. Afinal de contas,
está escrito que o poder emana do povo.
QUE POVO ?!?!?! GADO MARCADO !! PQ VC NÃO ENVIA ESTE CONTEÚDO PARA O CONGRESSO ? SÓ TEMOS DUAS FORÇAS PARA RESOLVER ISSO: a) LIDERANÇAS DO BEM. B) INTERVENÇÃO
ResponderExcluir?!?!?!?!?!?!?!?
ResponderExcluirMeu caro Rogério,
ResponderExcluirporque não começar a passar um pente fino , por exemplo, nos gastos da Câmara de Vereadores de Apucarana?
Meu caro Rogério,
ResponderExcluirporque não começar a passar um pente fino , por exemplo, nos gastos da Câmara de Vereadores de Apucarana?